A rinite alérgica é uma das principais manifestações das doenças alérgicas, desencadeada principalmente pelo contato com alérgenos inaláveis, como ácaros e gramíneas. Os principais sintomas associados à rinite alérgica incluem: asma, sinusite, conjuntivite, hiper-responsividade brônquica, infecções respiratórias e outras interferências na qualidade de vida dos pacientes. Quando os pacientes com esta atopia entram em contato com os alérgenos, a mucosa nasal apresenta inflamações. Após o processo de sensibilização, ocorre uma resposta inflamatória mediada por imunoglobulina E (IgE), resultando em sintomas crônicos ou recorrentes.
O diagnóstico da rinite alérgica é realizado por meio de um exame clínico adequado, conduzido por um médico especializado, que avalia os sintomas primários, como coriza, secreções nasais e espirros. Este diagnóstico é confirmado por exames mais específicos, como o Prick Test e exames de sangue. No Prick Test, uma fração do alérgeno suspeito é colocada sobre a pele do paciente. Com o auxílio de um puntor, faz-se uma leve pressão no local, perfurando apenas a camada superficial da pele. Após um período de aproximadamente 15 a 20 minutos, é possível ler os resultados e confirmar a presença de alergia.
O tratamento para a rinite alérgica segue o esquema tradicional de imunoterapia, onde pequenas frações do alérgeno são apresentadas ao organismo de forma gradual, aumentando as concentrações a cada aplicação até atingir um patamar de concentração conhecido como série de manutenção. Nesta fase, a concentração é a mais alta possível, visando que o alérgeno seja reconhecido pelo organismo, ou, pelo menos, que os efeitos incômodos, como coceira e infecções, sejam diminuídos.
O principal benefício da imunoterapia intranasal está relacionado ao mecanismo de ação, que induz uma maior tolerância local. Isso ocorre principalmente pela produção de IgA nas mucosas respiratórias, melhorando o reconhecimento dos alérgenos. Estudos indicam que as taxas de melhora nos sintomas são muito próximas entre a imunoterapia intranasal e outras formas de tratamento. Além disso, a praticidade de poder aplicar o tratamento em qualquer lugar, sem depender de um profissional ou de um local adequado (como uma clínica ou consultório), torna o tratamento mais atraente. A aplicação direta no local pode causar, inicialmente, uma sensação de desconforto, mas este é recompensado pela redução rápida dos sintomas em comparação com outras formas de tratamento disponíveis no mercado.
A imunoterapia intranasal estimula a produção de IgA local nas mucosas respiratórias. A IgA é um tipo de anticorpo que desempenha um papel crucial na defesa das superfícies mucosas contra patógenos. Ao aumentar os níveis de IgA, a imunoterapia ajuda a criar uma barreira protetora que impede a penetração dos alérgenos, reduzindo assim a resposta inflamatória e os sintomas associados.
Quando comparada com outras formas de tratamento, a imunoterapia intranasal oferece vantagens significativas. Além da conveniência de aplicação, que não requer visitas frequentes a clínicas, a imunoterapia intranasal tende a proporcionar uma melhora mais rápida nos sintomas. Outros tratamentos para a rinite alérgica incluem: